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– Ah, porra! – eu assobiei, cerrei os dentes e me levantei desajeitadamente, mas então congelei quando ouvi um rosnado baixo e retumbante em algum lugar próximo.


Apertei os olhos, tentando ver o cachorro na escuridão, e me endireitei ao mesmo tempo, tentando não provocá-lo com um movimento brusco. Eu não conseguia ver nada, então decidi que me faria bem recuar, cuspindo nos sacos restantes que haviam sido jogados no chão. Entre a perspectiva de ser um porco necrófago e ser mordido por uma fera necrófaga, eu preferia a primeira. Mas quando dei alguns passos suaves, o cachorro rosnou novamente, desta vez muito mais alto e mais assustador. Soou como se perfurasse meu cérebro e nocauteasse tudo lógico e razoável nele, ditando que eu mantivesse a calma e recuasse lenta e gradualmente, para não enfurecer o predador que vivia em cada maldito cachorro. Foi como se uma bomba explodisse na minha cabeça, varrendo tudo, menos uma vontade indomável de correr. Então eu corri. Em alguns momentos cheguei aos degraus iluminados da varanda, de alguma forma firmemente convencido de que o cachorro não me seguiria até lá. Um puxão forte na gola do meu manto me jogou, como uma boneca de pano, nos arbustos que cresciam no canto do pátio. Minha consciência notou, distante, que tipo de força seria necessária para lançar um homem tão longe. A terra solta amorteceu minha queda e, embora doesse, nada pareceu quebrar, e consegui me levantar imediatamente. Meus olhos estavam embaçados, porém, e no momento seguinte eu estava gritando de dor cegante na minha clavícula, e eu mal conseguia ver uma sombra enorme e vaga correndo em minha direção. Minha visão era inútil por causa dos fogos de artifício que explodiram diante dos meus olhos. Os golpes frenéticos que eu estava dando, gritando a plenos pulmões, aparentemente passaram despercebidos pelo meu agressor. Ele continuou a rosnar assustadoramente, me jogando no chão, e algo afiado cortou meu peito, enviando outro grito desesperado da minha garganta. As faíscas diminuíram um pouco, e eu pude ver algo se inclinando em minha direção, piscando suas estranhas presas molhadas no brilho fraco da lanterna distante…

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