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Entrei no ônibus, me sentei e olhei em volta, recuperando o fôlego. Eu me perguntei como eu deveria reconhecer lobisomens de longe, para evitá-los? Eu funguei, tentando não parecer boba, para descobrir que a van era apenas humana no momento, e espirrei alto. Que coquetel de aromas, devo dizer. Perfumes, desodorantes, pasta de dente, sabão em pó, até graxa de sapato e um monte de outros produtos químicos, e por baixo de toda aquela enxurrada de sintéticos está o odor corporal e as emoções pessoais de cada um. O cara ali, rabiscando furiosamente mensagens para alguém, tinha um fundo amargo de raiva, embora seu rosto estivesse imperturbável. A mulher de meia-idade, com maquiagem brilhante demais para a manhã e uma postura régia, olhando pela janela, cheirava a desespero e saudade rançoso, azedo. O que era aquele fedor pungente e delicioso, e de quem vinha? Olhei para trás por cima do ombro e peguei o olhar de um homem pesado na casa dos quarenta, que piscou e sorriu para mim maliciosamente. Luxúria, era assim que ele cheirava. Era luxúria, não desejo, porque me lembrei do cheiro da excitação de Ri’er. Ou era porque ele não era humano? Ok, Rory, sério, que porra é essa? Não pense mais na Traseira, volte sua atenção para a outra coisa. Ou seja, uau, eu deveria ser capaz de dizer o verdadeiro humor das pessoas apenas cheirando-as? É como poder ler a mente de alguém. É como uma espécie de superpoder… bem, se você ignorar o fato de que tanta informação olfativa pode fazer meu cérebro ferver.

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